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Pesquisadores usam técnicas de escalada para estudar a 'preguiça-de-coleira'

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Pesquisadores usam técnicas de escalada para estudar a 'preguiça-de-coleira'

Animal da Mata Atlântica está criticamente ameaçado e, na luta pela preservação da espécie, biólogos contam com o apoio de comunidade da Bahia.

O quadriciclo vira um hospital móvel no meio da floresta para equipe de pesquisa fazer exames e coletar dados da preguiça-de-coleira Toni Mendes/TG Você não imagina os perrengues que um pesquisador tem que enfrentar para conseguir informações de um animal que passa a vida no topo das árvores.

O bicho preguiça-de-coleira costuma ficar em alturas equivalentes a prédios de dois, três andares e quase nunca desce dos galhos.

Então, como pesquisar? É aí, que a gente conhece o lado “aventureiro” de quem trabalha na natureza.

Com técnicas de um esporte radical, a equipe do Instituto Tamanduá, conta com a ajuda de “mateiros experientes” para fazer uma escalada na floresta.

Só que em vez de paredões de rocha, neste cenário, o escalador usa as cordas para subir em árvores altas de difícil acesso, onde os animais vão se esconder.

“Muita formiga, muito marimbondo as vezes você encontra, cobra”, explica o escalador, Marcos Alves dos Santos.

Durante uma semana, a equipe do TG acompanhou de perto o trabalho dos pesquisadores, que capturam o animal, coletam as informações, colocam um rádio transmissor na preguiça-de-coleira para depois devolver o animal à natureza.

“A gente vai estudar a dieta desses animais, através do monitoramento de telemetria, marcação de árvores e comportamento dos animais.

Além disso, a gente vai fazer todo mapeamento da vegetação, desde aqui, da Praia do Forte, até Sergipe, pegando todo Norte da Bahia, pra ver onde estão os fragmentos e identificar quais são as áreas importantes para as preguiças-de-coleira.

Priorizando assim, essas áreas para restauração florestal”, explica Gaston Giné, professor e doutor de ecologia na UESC, Universidade Estadual de Santa Cruz, que fica em Ilhéus, na Bahia.

Confira as atrações do Terra da Gente de sábado (19/03) Toni Mendes/TG O bicho preguiça-de-coleira é uma espécie criticamente ameaçada, que só existe no Brasil, em uma área entre o Sudeste e o Nordeste.

É um dos animais mais antigos da Mata Atlântica, com mais de 65 milhões de anos.

“A gente brinca que é quase um fóssil vivo.

São animais que passaram por várias extinções em massas, a gente já teve cinco e estamos indo pra sexta.

É um bicho que tem uma adaptação super importante.

As preguiças por exemplo, eram terrestres, a gente tinha preguiça na América Latina, com mais de 6 metros, foram extintas e hoje, das viventes só temos as espécies arborícolas”, explica Flávia Miranda, que é médica veterinária e Coordenadora do Instituto Tamanduá que coordena o projeto.

Adauto é o poeta da floresta, um dos moradores mais antigos da mata, ele escreve versos sobre a importância da preservar a mata Toni Mendes Poeta da Floresta Durante a reportagem a equipe do TG conheceu um dos mais antigos moradores da reserva Sapiranga, Adauto, o poeta da floresta.

Com facilidade para lidar com as palavras, ele escreve versos para conscientizar sobre a importância da mata.

“Sapiranga, é um ar gostoso, fresco, um ar muito bom.

Um cheiro só de fruta.

Só dos ingás, só dos cambuís, só dos araçás.

Sapiranga é recanto de pássaros.

Aqui você vê a paca, você vê a preguiça.

Ah, Sapiranga é a história do Brasil”, completa o inspirado poeta.


Publicada por: RBSYS

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