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Câmara cria grupo de trabalho para discutir a adoção do semipresidencialismo no Brasil

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Câmara cria grupo de trabalho para discutir a adoção do semipresidencialismo no Brasil

Nesse sistema de governo, o presidente eleito divide a gestão com um primeiro-ministro.

Grupo contará com consultores, entre eles ex-presidente Michel Temer.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para discutir a adoção no país do semipresidencialismo, sistema de governo no qual o presidente eleito divide a gestão com um primeiro-ministro, indicado por ele e avalizado pelo Congresso.

O ato de criação foi publicado na quinta-feira (17) e prevê o funcionamento do grupo por até 120 dias, sendo possível a prorrogação pelo mesmo período.

LEIA MAIS: Entenda o que é o semipresidencialismo Adotado em Portugal e França, semipresidencialismo é solução para o Brasil? Lira já defendeu algumas vezes a mudança no sistema político brasileiro.

Em declarações anteriores, ele disse que a ideia é votar a proposta apenas com a composição do próximo Congresso, que será eleito em outubro, mas dar início aos debates desde já.

Ele defende, ainda, que a alteração do modelo aconteça em 2030, tirando o debate da eleição deste ano e de 2026.

Membros O grupo de trabalho será composto por parlamentares e será assessorado por um conselho consultivo, formado por juristas e ex-ministros.

A composição parlamentar prevê a participação dos seguintes deputados: Samuel Moreira (PSDB-SP), que coordenará os trabalhos; Marcel van Hattem (Novo-RS); Margarete Coelho (PP-PI); Enrico Misasi (PV-SP); Silvio Costa Filho (Republicanos-PE); Luiza Canziani (PTB-PR); Alice Portugal (PCdoB-BA); Luiz Philipe de Orleans e Bragança (União-SP); Felipe Rigoni (União-ES); Gastão Vieira (PROS-MA).

Já o conselho consultivo, destinado a assessorar o colegiado, será composto por: Michel Temer, ex-presidente da República; Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que coordenará o conselho; Ellen Gracie, ex-ministra do STF; Mônica Caggiano, doutora pela USP; Manoel Gonçalves Ferreira Filho, doutor e professor emérito da USP; Nina Beatriz Stocco Ranieri, doutora pela USP; Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, doutor pela USP; Maria Hermínia Tavares de Almeida, doutora pela USP; Jorge Octávio Lavocat Galvão, procurador do DF e doutor pela USP; Elival da Silva Ramos, doutor pela USP.

Conforme o ato publicado, o colegiado poderá realizar audiências públicas e reuniões com órgãos e entidades da sociedade civil organizada, além de ouvir profissionais, juristas e autoridades sobre o tema.

Entenda o semipresidencialismo O semipresidencialismo é um meio-termo entre o parlamentarismo e o presidencialismo.

Neste sistema de governo, a figura do presidente da República fica mantida como nos moldes atuais – escolhido em eleições diretas –, mas introduz no cenário político o primeiro-ministro, que é indicado pelo presidente eleito.

No presidencialismo – que é o sistema de governo em vigor no Brasil – o presidente da República acumula a função de chefe de Estado com chefe de governo.

Como chefe de Estado, o presidente, por exemplo, representa o país no exterior, comanda as Forças Armadas, define políticas externas e até pode dissolver o Congresso Nacional.

Já como chefe de governo ele é o responsável por governar o país.

O presidente da República nos regimes semipresidencialistas acaba compartilhando esses poderes com o primeiro-ministro, figura política que é escolhida e fica subordinada ao Congresso Nacional.

Apesar de dividir tarefas com o primeiro-ministro, o presidente do sistema semipresidencialista exerce um papel com mais protagonismo do que no parlamentarismo.

O presidente parlamentarista fica limitado ao exercício da função de chefe de Estado.

Por outro lado, no semipresidencialismo, ele pode, entre outras atribuições, indicar o primeiro-ministro, dissolver o parlamento ou Congresso, controlar a política externa do país, escolher alguns funcionários do alto escalão, solicitar referendos e propor leis.

O primeiro-ministro, no semipresidencialismo, é o chefe de governo.

Neste papel, ele pode, por exemplo, escolher os ministros de Estado e criar políticas econômicas.

Além disso, o premiê é o responsável pela articulação política com o Legislativo.

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Publicada por: RBSYS

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